domingo, março 27, 2011


O mundo

Quando um dia eu for embora do teu mundo
deixo-te o nome e alguns versos. Poucos
que a musa é escassa e o verbo lasso
mas mesmo assim. Deixo-te um beijo
uma saudade e um carinho
e de caminho a memória dos teus dias.
Dou-te um abraço digo-te adeus
deixo um retrato um gesto breve
e espero que fique algo mais. Talvez
me apague como um fósforo no vento
no dia em que eu me for deste meu mundo.


(poeta ilhavense nascido a 27 de Março de 1958)

Poema retirado daqui

2 comentários:

Carmo disse...

...mas fica sempre uma marca, a cor de um gesto, de um sorriso...
Um beijo
Boa semana

Manuel Veiga disse...

com a naturalidade do parto matricial - o fósforo de extingue. ao vento...

abraços