sábado, fevereiro 05, 2011


semi-ótica

esteiras de linho
tenho cruzado adagas
e cegado meus caminhos

o vento toca seu alaúde
estão trancados nossos sonhos
bem guardados no escuro

vermelhidão de mar
mortovivo, plasma de segredos
e os medos nossos

não sei bem se posso seguir
estes desígnios ou
minguar à fome

destes signos.

João Gulart de Souza Gomes

(poeta baiano)

1 comentário:

Carmo disse...

Obrigada pela partilha, não conhecia este poema.

Um abraço

Boa semana