terça-feira, dezembro 21, 2010

No tempo do forte verde

Na sala de jantar
um pouco acima
da cristaleira
o capacete da revolução.
E bem ao lado da terrina
de louça clara adornada
com frutos levemente esmaltados
o pente de balas de fuzil
espetava o dourado ocre do metal.
Foi quando olhei para a rua
e uma bandeira inflava levemente
ao ruflar de longínquos tambores.
Outra vez olhei para o interior
onde as mulheres costuravam.
Pude constatar que o verde
realmente era uma cor
muito forte.

J. B. Sayeg

(poeta paulista)

2 comentários:

jrd disse...

É a cor da bandeira.

Mar Arável disse...

Que vivam os criativos

também os verdes

Abraço