Pastoreio
Fui pastor de destinos
soltos nas ventanias.
Fui pastor de sonhos,
de abismos e insônias.
Hoje pastoreio as horas,
colho o mel das palavras.
Pastoreio metáforas
na inocência do branco.
Pastoreio murmúrios
diluídos nos ermos
Pastoreio estribilhos
na memória e nas veias
Ovelhas não navegam
as águas de meus olhos.
Ovelhas não ruminam
o itinerário de meu verbo.
Ovelhas não buliram
a sofreguidão de meu rosto.
Hoje sem dardos e cajado
pastoreio a mim mesmo...
Joanyr de Oliveira
(poeta mineiro)
2 comentários:
Um poeta como eu gostava de ser, se fosse poeta...
Abraço
:)))
E um bom dia do senhor...
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