sexta-feira, setembro 25, 2009

A arma O voto é a minha única arma e vou usá-la mais uma vez nas eleições do próximo Domingo. Creio que a maioria dos amigos - elas e eles - que me visitam não têm dúvidas sobre o meu perfil de esquerda, mas sempre acrescento que nunca fui no apelo do voto útil e continuo a não ir, nem contra nem a favor, e a prestação dos eleitos com a ajuda do meu voto (e da minha companheira, penso) não me tem feito sentir que os nossos votos sejam um desperdício, muito pelo contrário. Não tenho ambições de ser presidente de uma eléctrica espanhola, deputado europeu ou gerente de uma editora com nome esquisito mas, mesmo que as tivesse, prefiro, quando morrer, ir deitado de costas num caixão normal, em vez de ir deitado de lado num caixão em forma de meia lua feito por encomenda. Como sou contestatário por natureza, há muitas coisas com que não concordo nas prestações parlamentares e nas propostas daqueles que vão receber os nossos votos; mas aquilo que nos aproxima ultrapassa largamente aquilo que nos separa. Posso ser considerado burro, mas não me importo de ser burro ao lado (embora num plano muito inferior) do Zé Carlos, do Zé Gomes Ferreira, do Manuel da Fonseca, do Armindo Rodrigues, do Adriano e de tantos outros, presentes ou, infelizmente, já ausentes.

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