domingo, agosto 23, 2009

Noite As casas fecham as pálpebras das janelas e dormem. Todos os rumores são postos em surdina, todas as luzes se apagam. Há um grande aparato de câmara funerária na paisagem do mundo. Os homens ficam rígidos, tomam a posição horizontal e ensaiam o próprio cadáver. Cada leito é a maquete de um túmulo. Cada sono um ensaio de morte. No cemitério da treva tudo morre provisoriamente Menotti Del Picchia* *poeta paulista

2 comentários:

Sensualidades disse...

lindissimo

Jokas
Paula

Milu disse...

Um pouco assustador mas, ainda assim, bastante bonito. No fundo, vivemos a vida a ensaiar a morte.
Um beijo.