segunda-feira, agosto 13, 2007

Transubstanciação De teu sepulto corpo tão amado, raízes sorvem água e minerais. Gerânios, trevos, rosas, margaridas, de teu aroma são memoriais. Abelhas polinizam, beija-flores se evolam de mandalas vegetais. E as borboletas trocam, no ar revolto, carinho por carinho: o eterno cio. O cemitério traz teu corpo à vida, molhado por meu pranto tão bravio, soluço pertinaz, a reciclar-te em asa, em pólen, em verde compadrio. Adelaide Lessa* *Poetisa brasileira

2 comentários:

Estrela da Liberdade disse...

Satisfaz-me a curiosidade: onde vais buscar estes poetas todos brasileiros?
Beijos,
Jean

lino disse...

Eu até satisfazia a curiosidade, só que há 2 "mas": o primeiro, é que nenhum cozinheiro revela as suas mezinhas publicammente; a segunda, é que isto sai de um pouco de intuição e de muita transpiração. Posso dizer-te que cada poema, em média, demora mais de uma hora a encontar. Depois há o tal de "google" e a intuição de procurar. Experimenta palavras ligadas pelo sinal + e vais ver o que consegues.
Beijos