quinta-feira, agosto 09, 2007

Onde porei meus olhos que não veja Onde porei meus olhos que não veja A causa, donde nasce meu tormento? A que parte irei co pensamento Que para descansar parte me seja? Já sei como s'engana quem deseja, Em vão amor firme contentamento, De que, nos gostos seus, que são de vento, Sempre falta seu bem, seu mal sobeja. Mas inda, sobre claro desengano, Assim me traz est'alma sogigada, Que dele está pendendo o meu desejo; E vou de dia em dia, de ano em ano, Após um não sei quê, após um nada, Que, quanto mais me chego, menos vejo. Diogo Bernardes* *conhecido como "poeta do Lima"

1 comentário:

Anónimo disse...

OLÁ! BELO POEMA ESTE K ACABEI DE LÊR. PARABÉNS. NUNCA MAIS ME VISITASTE.
BJO
CARLA GRANJA