domingo, agosto 26, 2007

LAÇOS Cordas feitas de gritos Sons de sinos através da Europa Séculos enforcados Carris que amarrais nações Não somos mais que dois ou três homens Livres de todas as peias Vamos dar-nos as mãos Violenta chuva que penteia os fumos Cordas Cordas tecidas Cabos submarinos Torres de Babel transformadas em pontes Aranhas-Pontífices Todos os apaixonados que um só laço enlaçou Outros laços mais firmes Brancas estrias de luz Cordas e Concórdia Escrevo apenas para vos celebrar Ó sentido ó sentidos caros Inimigos do recordar Inimigos do desejar Inimigos da saudade Inimigos das lágrimas Inimigos de tudo o que eu amo ainda Guillaume Apollinaire (Tradução de Jorge de Sena)

4 comentários:

GMaciel disse...

Foi bom, muito bom, regressar a este som do silêncio. Faz tempo que faltava com a minha presença, mas a vontade do regresso mantinha-se acirrada.
O defeso do pulso deu bons frutos, felizmente, a ver vamos por quanto tempo.
beijos

lino disse...

Obrigado, amiga. Por estes lados as coisas também têm andado aos tremeliques. No dia 12 a companheira escorregou e fez fractura exposta da tíbia e do peróneo, tendo sido operada no mesmo dia. São dois meses a depender de terceira pessoa. Prevejo uma guerra com a Seguradora dela, de que darei aqui sinal se as coisas azedarem.
Jocas grandes.

GMaciel disse...

Lamento sabê-lo, amigo, uma fractura exposta deve ser bastante dolorosa. Só de a imaginar, arrepio-me.
Infelizmente andamos assim, com seguradoras a cobrir as falhas do SNS e com a honestidade das ditas cujas, posso bem avaliar o calvário que poderá vir a ser.
Rápida recuperação, é o meu desejo sincero.

GMaciel disse...

E esqueci-me...
jocas grandes, para os dois
;)