Que me relevem o vulto enorme das letras brasileiras, Machado de Assis, nascido a 21 de Junho de 1839, e a muito interessante poetisa e ensaísta canadiana, Anne Carson, que hoje celebra 57 anos de idade, mas vou ficar-me pela afixação, daqui a pouco, de um poema de cada um deles.
É que Mr. W. – como jocosamente o trata a colunista da “má língua” do The New York Times, Maureen Dowd – voltou a atacar ontem à tarde.
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Na sua mensagem de veto ao Congresso, Mr W. disse que a lei tinha ultrapassado um limite ético. “O Congresso enviou-me legislação que iria forçar os contribuintes Americanos, pela primeira vez na nossa história, a financiar a destruição deliberada de embriões humanos”. Mais uma vez, para aplacar a ira de alguns fanáticos religiosos, fez tábua rasa da opinião da grande maioria dos seus compatriotas, mesmo dos seus votantes.
É preciso ter em conta que a lei não previa tal coisa, pois apenas autorizava a utilização de embriões excedentários das clínicas de fertilização, os quais, de qualquer forma, vão ser destruídos porque já não servem para nada. E que são um conjunto de células – a investigação apenas utiliza embriões com menos de 14 dias – que de humano apenas têm o facto de serem algo pertencente à espécie “homo sapiens”.
Ainda tentou mitigar a desilusão ao falar no incentivo a novos estudos focados na derivação de células estaminais a partir do líquido amniótico, da placenta ou da pele. Só que isso não constitui novidade, pois tal investigação já se faz e não foram anunciados novos investimentos, além de que a maioria dos especialistas, incluindo os membros do seu Conselho de Ética, são unânimes na afirmação de que as células estaminais embrionárias são aquelas que oferecem melhores e mais rápidas possibilidades de aplicação terapêutica.
Os doentes de Parkinson, os diabéticos e tantos outros seres humanos afectados com doenças graves para as quais se poderia encontrar cura lá terão de esperar pelo próximo inquilino da Casa Branca. Sim, porque não tenhamos dúvidas de que nesta e em muitas outras áreas ainda são os Estados Unidos quem “puxa a carroça”.
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