terça-feira, março 29, 2016

 A DENSIDADE DOS SISTEMAS 
[aos perfeccionistas] 
o onde é demasiado denso para o quando,
o quando é demasiado denso para o quem,
o quem é demasiado denso para o o quê,
 o o quê é demasiado denso para o  porquê.
rejeitar as coisas que não tens
é acender o rastilho do tempo que resta,
a densidade comparativa dos sistemas
destruí-los-á um por um:
primeiro o espaço, depois o tempo, depois
o facto consumado, depois as dúvidas
e finalmente as explicações infundadas.
- e nós?
- nós acabaremos por subsistir no território
da alma, sem densidade alguma.


(poeta tavirense que hoje faz 34 anos

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