quinta-feira, dezembro 03, 2015

O cavalheiro sem anéis

Quando me visto de pôr-do-sol,
Os anjos ficam loucos.
Sobem nos trapézios de vidros
E saem a girar...

Girar...

Sou o Cavalheiro sem Anéis.
Sou órfão dos colarinhos de antigamente.
Minha voz se perdeu nas listras do arco-íris.
Meu sorriso nas cordas de um violino.
Sou o Cavalheiro sem Anéis.
Eu sou a própria roupa do crepúsculo.

Nem o vento sabe onde vou dormir.


(poeta baiano falecido faz hoje 12 anos)

1 comentário:

Helenice Priedols disse...

"Eu sou a própria roupa do crepúsculo".... muito lindo isso!
Obrigada por me apresentar a esse poeta.

Abraço.

Paz e Luz