Sótão
Por
interstícios das malas abertas de quando éramos
crianças
gritam as bocas sem nenhum eco
das bonecas.
Criaturas fictícias, escalpelizadas
e sem
tintas, de ventre oco. Mas o mortal
lugar do
coração está ainda a palpitar.
O bojo do
peito de celulóide, como o meu,
pede-nos
perdão pela saudade que nos devora.
(Fiama Hasse
Pais Brandão nasceu faz hoje 87 anos)
1 comentário:
Ah a infância e os seus sonhos! Poema belo e triste.
Enviar um comentário