segunda-feira, novembro 02, 2009

Didática Sobre a Morte
Tudo o que resta, o tempo para a morte que por isso é o espaço ancestral. Todo o tempo que resta - e é para a morte esse que nos falta em esperança. E assim nos restando a morte espera o que somos e em nós se desperdiça. Guardamos os guardados - e a vida. (E a morte nos toma o que guardamos.) Privamos da alegria, em sacrifício, o que vamos dedicar depois à morte em nosso campo de avaros a esse tempo subtraído depois ao desperdício que poderia ser vida se estivéssemos na vida mais lentos para a morte. Álvaro Pacheco* *poeta carioca

3 comentários:

Manuel Veiga disse...

pleno de sabedoria...

abraço

jrd disse...

Poema para reflectir.

Mar Arável disse...

Na verdade

estamos sempre

a desnascer