domingo, maio 29, 2016

Pressentimento

Tenho o pressentimento de que viverei pouco.
Esta minha cabeça, semelhante ao crisol,
Purifica e consome.
Mas sem nenhuma queixa, sem nenhum sinal de horror,
Quero para o meu fim que em uma tarde sem nuvens,
Sob o límpido sol,
Nasça de um grande jasmim uma serpente branca
Que doce, docemente, me pique o coração.

(poetisa argentina nascida faz hoje 124 anos)

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