sexta-feira, novembro 21, 2014

A Velha casa

Havia sempre no passado
o momento de grande gargalhada.
Corríamos pela casa
como duas crianças
e sacudíamos os lençóis
com nossos corpos.
Tínhamos em comum
a admiração da lua
e um certo jeito de olhar o mundo.
E mesmo hoje no passado
em que já nos encontramos distantes
ainda corremos pela casa
desabitada.
E só.


(poeta paulista nascido em França que hoje faz 50 anos)

1 comentário:

Mar Arável disse...

Não existem casas desabitadas

mesmo que os silêncios se calem

Abraço