quinta-feira, julho 21, 2011


Insolência

Vejam o que fizeram:
- os insolentes e ignorantes
pisotearam as rosas que plantei
às margens do meu caminho pedregoso...
E mais:
crestaram-nas ao sol das perseguições
para que não mais florescessem.

Como explicações - o silêncio
- grito forte em ondas de eco -
Fiquei cego. Surdo. Mudo.
E os minutos pareceram séculos.
Num esforço titânico,
perdoei os que não sabem o que fazem,
- e renasci -
sabendo que eles  nunca faltarão.
- Não plantarei, nunca mais,
flores às margens dos meus caminhos.
Multiplicá-las-ei,
infinitamente,
aqui, dentro de mim.

José Florentino Duarte

(poeta brasileiro)

5 comentários:

Sensualidades disse...

:)

insolente

Bjinhos
Paula

Jorge Sader Filho disse...

Plantar muito dentro de si evita que pisem nas flores.
Mas nã se pode temer. Algumas devem ser plantadas às margens do caminho.

Abraço,
Jorge

Justine disse...

Excelente decisão, mas não se lhes pode perdoar...

Anónimo disse...

Muito orgulho do meu pai,
Excelente escolha.

Tenho publicado outros poemas, e algumas memórias.
http://memoriasdemeupai.blogspot.com/

Att,
Carolina.

Anónimo disse...

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