terça-feira, agosto 24, 2010

Silêncio

De pedra ser.
Da pedra ter
o duro desejo de durar.
Passem as legiões
com seus ossos expostos.
Chorem os velhos
com casacos de naftalina.
A nave branca chega ao porto
e tinge de vinho o azul do mar.
O maciço de rocha,
de costas para a cidade
sete vezes destruída,
celebra o silêncio.
A pedra cala
o que nela dói.


(poeta mineiro, nascido a 24 de Agosto de 1955)

1 comentário:

jrd disse...

A pedra sofre em silêncio.