quinta-feira, agosto 12, 2010

Conquista

Livre não sou, que nem a própria vida
Mo consente.
Mas a minha aguerrida
Teimosia
É quebrar dia a dia
Um grilhão da corrente.

Livre não sou, mas quero a liberdade.
Trago-a dentro de mim como um destino.
E vão lá desdizer o sonho do menino
Que se afogou e flutua
Entre nenúfares de serenidade
Depois de ter a lua!

Miguel Torga, in Cântico do Homem

2 comentários:

O Puma disse...

Na verdade

a liberdade conquista-se

mesmo que seja relativa

Deleir Inácio de Assis disse...

Mesmo que não sejam seus os escritos, eu me encanto com a sua capacidade de divulgação desses artistas que às vezes se ocultam em sombras da falta de oportunidade.
Continue contribuindo para o desenvolvimento da cultura nesse mundo aflito e tenebroso!