sábado, março 26, 2016

Depois das elegias

depois das elegias o alcandorado grito
sobre o deserto chão do poema,
desinventário de européis no fulgor
em barrocas cornijas de caniço ao alto,
a chuva,
e o chão ele mesmo vertigem,
as estiradas praias de silêncio
no tapume como ínsulas do incerto mar
na cidade dos cedros, sonetos antigos,
negreiros tijolos de incisões
a desaguar


(poeta moçambicano que hoje faz 63 anos)

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