Que não
seja
estátua!
Seja às
vezes carne
Entre rosa e
sangue
Entre forma
e fundo.
Saiba ser o
fruto
Sem ser só o
gomo
Seja vinho
novo
Seja apenas
sumo.
Seja
nevoeiro.
Venha nu,
mas venha
Envolto na
bruma....
Possa ser
mistério...
Seja cais à
espera
Seja barco à
vela;
Possa ser
mar alto
Possa ainda
ser espuma.
(poeta
lisboeta nascido a 7 de Março de 1954 e falecido aos 52 anos)
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