Silêncio
Nesta
memória onde o silêncio fala
a viajar no
meu sofá sem rumo,
percorro o
mundo, sem sair da sala,
com palavras
de fumo.
É o silêncio
do musgo preso ao muro
de retardar
a infância...
Por isso,
ainda hoje me procuro
e perco na
distância!
Há silêncios
que voam como eu
num espanto
de luz e nevoeiro
com uma
estrela a navegar no céu
na mão dum
marinheiro...
Nesta
memória onde o silêncio fala
de lagos
azuis ou doutra cor
onde um
menino cresce e não se cala
quando fala
de amor!
Ainda hoje o
lago tem pedaços
com bailados
de sombras e penumbra
pra recordar
os sonhos onde os lábios
o coração
afunda...
A fantasia
dorme em teu regaço
e Pã dedica
a Ceres o seu regresso
quando o
silêncio quebra em mil pedaços
pra renascer
num verso!
(poeta
matosinhense falecido faz hoje 7 anos)
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