Olha-me de
novo
Se te pareço
noturna e imperfeita
Olha-me de
novo. Porque esta noite
Olhei-me a
mim, como se tu me olhasses.
E era como
se a água
Desejasse
Escapar de
sua casa que é o rio
E deslizando
apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E
há tanto tempo
Entendo que
sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu
corpo de água mais fraterno
Se estenda
sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de
novo. Com menos altivez.
E mais
atento.
(poetisa
paulista nascida faz hoje 85 anos)
1 comentário:
Um dia a inundação...
Abraço
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