Soneto da noite
branca
No insólito
do azul é melodia
a paz dos
claros céus. Lua madura
modela
imagens sobre a serrania,
e flui o
tempo em lírica doçura
nas almas e
nos sonhos. Noite pura
de silêncio
esplendor, magma do dia.
(Antes que
no torpor da angústia escura
brilhe a
estrela da morte em fronte fria,
o tumulto
das ânsias se asserena
e o coração
aquieta a face nua,
pois, se
pensa, também está sentindo;
é que não
há, Pessoa, alma pequena
sob a noite
solar: carne de lua
transluminosamente
azuluzindo.)
(poeta
pernambucano falecido faz hoje 10 anos)
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