As
lavadeiras
As
lavadeiras no tanque noturno
Não
responderam ao canto da sibila.
“Lavamos os
mortos,
Lavamos o
tabuleiro das idéias antigas
E os
balaústres para repouso do mar...
Nele
encontramos restos de galeras,
Quem nos
desviará do nosso canto obscuro?
Nele
descobrimos o augusto pudor do vento,
O balanço do
corpo do pirata com argolas,
Nele
promovemos a sede do povo
E excitamos
a nossa própria sede...”
As
lavadeiras no tanque branco
Lavam o
espectro da guerra.
Os braços
das lavadeiras
No abismo
noturno
Vão e vêm.
(poeta
mineiro falecido faz hoje 39 anos)
Sem comentários:
Enviar um comentário