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Por cada
homem enfurecido há sempre
dois ou três
que o acalmam com palmadinhas nas costas,
por cada
chorão, muitos mais limpadores de lágrimas,
por cada
homem feliz, uma profusão de infelizes
a querer
aquecer-se no calor da sua alegria.
E todas as
noites pelo menos um homem
não consegue
encontrar o caminho de casa
ou a sua
casa mudou-se para outro lugar
e ele
vagueia pelas ruas,
supérfluo.
Uma vez
estava com o meu filho pequeno na estação
e um
autocarro vazio passou por nós. O meu filho disse:
“Olha, um
autocarro cheio de gente vazia.”
(Yehuda
Amichai nasceu faz hoje 90 anos)
1 comentário:
Gostei do poema, principalmente pelo dito da criança.
Boa noite
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