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sábado, maio 03, 2014

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Por cada homem enfurecido há sempre
dois ou três que o acalmam com palmadinhas nas costas,
por cada chorão, muitos mais limpadores de lágrimas,
por cada homem feliz, uma profusão de infelizes
a querer aquecer-se no calor da sua alegria.

E todas as noites pelo menos um homem
não consegue encontrar o caminho de casa
ou a sua casa mudou-se para outro lugar
e ele vagueia pelas ruas,
supérfluo.

Uma vez estava com o meu filho pequeno na estação
e um autocarro vazio passou por nós. O meu filho disse:
“Olha, um autocarro cheio de gente vazia.”


(Yehuda Amichai nasceu faz hoje 90 anos)

1 comentário:

  1. Gostei do poema, principalmente pelo dito da criança.

    Boa noite

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