Naufrágio
A rua cheia
de luar
Lembrava uma
noiva morta
Deitada no
chão, à porta
De quem a
não soube amar.
Já não
passava ninguém...
Era um mundo
abandonado...
E à janela,
eu, tão Além,
Subia
ressuscitado...
Vi-me o
corpo morto, em cruz,
Debruçado lá
no Fundo...
E a alma
como uma luz
Dispersa em
volta do mundo...
Mas, à tona
do mar morto,
Um resto de
caravela
Subia... E
chegava ao porto
Com a aragem
da janela.
(Branquinho
da Fonseca nasceu faz hoje 109 anos)
1 comentário:
Belo poema de um poeta que pensei ser mais recente...
Bom resto de tarde
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