quinta-feira, maio 22, 2014

Eu, também, canto a América

Eu sou o irmão mais negro.
Quando chegam as visitas,
Mandam-me  comer na cozinha.
Mas eu rio
E como bem,
E vou ficando mais forte.

Amanhã,
Quando chegarem as visitas
Sentar-me-ei à mesa.
Ninguém ousará,
então,
dizer-me,
“Vai comer na cozinha”.

Além do mais,
Eles verão quão bonito eu sou
E se envergonharão.

Eu, também, sou a América.


(poeta estado-unidense falecido em 22 de Maio de 1967)

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