Grito da
Dúvida
Há na minha
alma este tormento imenso:
Um céu de
estrelas todo pontilhado
Para onde
quer subir meu sonho ousado,
Galgando a
altura em espirais de incenso.
Foge-me a
estrela que eu, alucinado,
Tento
prender. E, em prantos, me convenço
Do
impossível, o olhar ao céu suspenso;
Mãos
erguidas, o rosto transtornado...
Ó tu que a
minha vida tantalizas
Com
promessas vazias, imprecisas,
Fugidias,
perdidas, abstratas.
Na mais rude
tragédia entre as mais rudes,
Se não me
amas, por que tu me iludes?
Se tu me
iludes, por que não me matas?...
(poeta
baiano nascido faz hoje 104 anos
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