Calmaria
Água
estagnada
nuvem
parada,
folha
perdida,
pássaro de
asa
partida.
Ó vento que
morreis,
de leve, de
leve,
despertai!
Luz que se
apaga,
sombra
diluída,
névoa que
vaga,
voz que se
cala,
ferida.
Ó voz que
adormeceis
de manso, de
manso,
gritai,
gritai!
Tímida
esperança,
pálido
desejo:
a tarde tão
mansa,
tão lânguida
a noite
que vem.
Ó alma
náufraga,
como tudo o
mais:
desesperai!
(poeta
mineiro nascido faz hoje 114 anos)
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