sábado, junho 13, 2015

O Silêncio 

Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura,

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.
.

(Eugénio de Andrade faleceu faz hoje 10 anos)

1 comentário:

Anónimo disse...

Linamigo

Mais outra excelente escolha e transcrição. Conheci pessoalmente o Poeta, embora não fosse das suas relações. Homem difícil, complicado, arisco, introvertido - mas magnífico... Poeta.

Aproveito para te agradecer o comentário que me fizeste no Sorumbático e informar-te que te vou incluir nos meus BLOGUES MAIS FIXES lá na TRAVESSA onde espero um comentário teu...

Abç do

Pernoca Marota