Nós e as
nuvens
Nuvens somos
como somos
cromosssomos:
no parecer
iguais: seu volúvel
de volumes e
volutas
ou
reentrâncias.
Mal
nascemos, somos sonho,
mal
subtraímos já somamos.
Mal andados,
já tropeços.
A vida chega
cheia
de veias,
consciente.
E já
desaparece na noite,
à moita das
águas subterrâneas
dos crânios
ocos:
- Mal
cheirosa, mal sulfurosa,
semi-séria,
cemitéria...
As nuvens
quando
em bando
se distraem
e se
misturam com carbono
e com iodo,
com matéria de cometa...
Nuvens já
não somos.
(poeta
piauiense que hoje faz 82 anos)
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