Como um
louco de navalha na mão
Todo o instante
que passávamos juntos
Era uma
celebração, uma Epifania,
No mundo
inteiro, nós os dois sozinhos.
Eras mais
audaciosa, mais leve que a asa de um pássaro,
Estonteante
como uma vertigem, corrias escada abaixo
Dois degraus
por vez, e me conduzias
Por entre
lilases húmidos, até ao teu domínio
No outro
lado, para além do espelho.
Enquanto
isso o destino seguia nossos passos
Como um
louco de navalha na mão.
(poeta russo
nascido a 24 de Junho de 1907)
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