A carne
És mísera e
brutal. Mas, nada obsta que agites
e
açambarques o mundo, e que essa
alucinante
e estranha
sensação que aos humanos transmites,
tenha, como
nenhuma, um halo deslumbrante.
Oh, carne
que possuis no teu imo maldito
mais lodo
que contém num charco pantanoso,
mais
esplendor, também, que os astros do Infinito …
Rugindo de
volúpia e de sensualidade,
espalhando
na terra apoteoses de gozo,
ó, carne,
serás tu a única verdade?
(poetisa
paulista nascida faz hoje 133 anos)
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