Granada em
mãos infiéis
A minha
amada desnudou-se e cobriu-se de vergonha.
Só a
vergonha veste agora a minha amada.
A minha
amada dormiu com o infiel,
Entregou-se
nos seus braços e deitou-se na sua cama.
Esqueceu as
juras de amor que eu lhe fizera
E deixou-se
seduzir por falas mansas.
Como eu
entendo que ele a tenha amado,
A ela, a
mais amável de todas!
Oh, se eu
pudesse tê-lo cegado antes que ele a contemplasse!
Mas não
tocarei sequer um só dos seus cabelos,
Para não
tornar mais infeliz ainda a minha amada.
(escritor
açoriano nascido faz hoje 71 anos)
1 comentário:
Belo poema , que desconhecia.
Boa tarde
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