Estátuas
perdidas
Há formas
irrealizadas de ti
no côncavo
de minha mão
que poderiam
fazer cem estátuas.
Instantes de
felina beleza
movimentos
bruscos de quem freme ou foge às carícias,
detalhe do
teu corpo esquivo
feitos de
curvas plásticas e inéditas
que ficaram
decalcadas na minha pele,
no meu
insatisfeito desejo
como se eu
fosse um molde vivo
de
obras-primas que esperam ser fundidas
em bronze,
em verso, em música.
Nessas
estátuas perdidas
vai-se tua
própria mocidade
porque forma
teus instantes de amor
que tive em
minhas mãos.
(poeta
paulista nascido a 20 de Março de 1892)
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