Aos amigos
Amo devagar
os amigos que são tristes com cinco dedos de cada lado.
Os amigos
que enlouquecem e estão sentados, fechando os olhos,
com os
livros atrás a arder para toda a eternidade.
Não os
chamo, e eles voltam-se profundamente
dentro do
fogo.
-Temos um
talento doloroso e obscuro.
construímos
um lugar de silêncio.
De paixão.
(Herberto Hélder
faleceu ontem, aos 84 anos)
1 comentário:
(...) Corpo e alma e bilhas de gás na eternidade (...)
Um poeta espantoso.
Abraço
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