quinta-feira, novembro 13, 2014

É tarde, meu amor

É muito tarde
O tempo implacável me consome
E destrói o vigor do corpo moço:
Apagou o fulgor do meu olhar
Roubou a altivez do seio cheio
Secou o rio manso do meu ventre
Cobriu de pergaminho a minha mão
É tarde, muito tarde
Mas… por dentro
Ainda bate, por ti, o coração.


(poetisa satense nascida faz hoje 77 anos)

1 comentário:

jrd disse...

Mesmo quando é tarde ainda há vida interior.

Abraço