O neoliberal
(excerto)
o neoliberal
sonha um
mundo higiênico:
um ecúmeno
de ecônomos
de
economistas e atuários
de jogadores
na bolsa
de gerentes
de
supermercado
de capitães
de indústria
e
latifundários de
banqueiros
-
banquiplenos ou
banquirrotos
(que
importa?
dede que
circule
autoregulante
o necessário
plusvalioso
numerário)
um mundo
executivo
de
mega-empresários
duros e
puros
mós sem dó
mais atento
ao lucro
que ao
salário
solitários
(no câncer)
antes que
solidários:
um mundo
onde deus
não jogue
dados
e onde tudo
dure para sempre
e
sempremente nada mude
um
confortável
estável
confiável
mundo
contábil.
(poeta
paulista falecido faz hoje 10 anos)
3 comentários:
Em suma, um verme viscoso...
Abraco
É a peste de Portugal...
não conhecia!
profundo mas verdadeiro.
beijinho e uma flor
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