Espelho
Quem é esse
que mergulhou no lago liso do espelho
E me encara
de frente à claridade?
Tem na íris
castanha irradiações misteriosas,
E o negrume
do sonho alarga tanto as pupilas
Que o seu
lábio sensual como um beijo esmaece.
Abro a mão -
ele abre a mão.
Meu
plagiário teimoso...
Tudo que eu
faço morre no gelo de um reflexo.
(Ele sorri
do meu sarcasmo...)
Não poder
fugir da introversão,
tocar a
carne da evidencia!
Dói-me a
ironia de pensar que eu sou tu, fantasma.
(poeta
gaúcho falecido faz hoje 46 anos)
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