Melancolia
Quem
(diante do
sol e dos luares,
do olho no
olho do mar e do infinito,
dos
equinócios, das guerras
dos
decretos,
da floração
noturna das estrelas,
das epopéias
do progresso, das quimeras
que ardem na
lareira do desejo,
da súbita
epifania da encantaria
submersa na
linguagem-rio)
quem há de
perceber em mim
(grão de
poeira
na
infinitamente azul ampulheta de Deus)
este botão
de amor tombando no poema
depois que o
abandonaste no meu peito.
(poeta
paraense que hoje faz 77 anos)
Sem comentários:
Enviar um comentário