Sabes que
sou como um rio abandonado
no sedento
leito do esquecimento,
e a tua vã
lembrança tão unido
como a água
ao seu céu refletido;
Sabes que
sou como o tempo desfolhado
na mão final
do que foi perdido
e, como um
horizonte proibido,
me envolves
o sonho vigilante;
Sabes que
sou como o ar, destinado
ao voo de
tuas aves, som ferido
surdidor
rouxinol e enamorado:
Sobre este
coração crepuscular
e por turvas
marés assaltado,
tornas-te nuvem
voando para o esquecimento.
(poeta colombianos
falecido faz hoje 31 anos)
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