Amostra sem
valor
Eu sei que o
meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem
o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se
entretém
e se julga
intangível.
Eu sei que a
Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o
Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o
respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num
total que tende para infinito.
Eu sei que
as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo
o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta
insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou
eu, com nebulosas e tudo.
(Rómulo
Vasco da Gama de Carvalho faleceu faz hoje 19 anos)
1 comentário:
Um poema que gosto muito!
As minhas desculpas pela minha ausência um pouco forçada.
Bom fim de semana lino e um beijinho.
Adélia
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