Gosto dos Amigos
Gosto dos
amigos
Que modelam
a vida
Sem
interferir muito;
Os que
apenas circulam
No hálito da
fala
E apõem, de
leve,
Um desenho
às coisas.
Mas, porque
há espaços desiguais
Entre quem
são
E quem eles
me parecem,
O meu agrado
inclina-se
Para o mais
reconciliado,
Ao acordar,
Com a sua
última fraqueza;
O que menos
se preside à vida
E, à nossa,
preside
Deixando que
o consuma
O núcleo
incandescente
Dum silêncio
votivo
De que um
fumo de incenso
Nos liberta.
(poeta
bracarense naturalizado moçambicano, falecido faz hoje 15 anos)
Sem comentários:
Enviar um comentário