DESAPARIÇÃO
Sereno, à
flor do tempo,
recomponho o
desejo
de estar
vivo. Vejo
entrar pela
janela
o mesmo sol
de sempre;
finjo que
não conheço
seu calor,
sua máscara
amarela,
hepática.
Sei mais da
natureza
das nuvens,
e do vácuo
entre as
estrelas, negra
matéria; no
entanto,
quando me
entrego ao sol,
integro-me
ao ser sol:
narciso mais
que cego,
narciso
cegaluz.
(poeta
gaúcho que hoje faz 40 anos)
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