A ÁRVORE DOS
DESEJOS
Recordei-a
como a árvore dos desejos que morreu
E vi-a
subir, inteira, até ao céu,
Deixando um
rasto de tudo o que se cravara
Por cada
carência, uma e outra vez, na têmpera
Da sua casca
e sâmago: moeda, alfinete e prego
Desfraldaram
dela como uma cauda de cometa
Recém-cunhada
e dissolvida. Tive uma visão
De uma
ramada aérea atravessando húmidas nuvens,
De rostos
erguidos, onde a árvore estivera.
(poeta
irlandês que hoje faz 74 anos – Nobel 1995)
(tradução de Rui Carvalho Homem)
1 comentário:
Tudo se move
até o vento
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