Aos poetas
de café
Aqui se
constrói a cidade de sol:
Alegria e
pão,
Em versos
com rima e tudo
E o mais que
nestes falta.
Aqui morrem
os tiranos,
Expulsam-se
os vendilhões,
Contam-se os
trinta dinheiros
Da venda
Dos outros.
Aqui, ó
cavaleiros de um futuro vermelho
Ou branco,
Talhado a
goles de café,
Aqui,
implacáveis e lúcidos, aguardais
A tal carta
de apresentação.
Mas, ai!,
como tarda,
Como tarda a
carta de apresentação...
(poeta
angolano nascido faz hoje 98 anos)
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