Lembrança
Passa um
vento morno, 
Um vento
morno 
Na trémula
palmeira, 
Na neblina
prateada. 
Envoltos na
ténue distância 
Morros azuis
de mata 
Lá ao longe.
Algures um
sino suave tange. 
No vento
ondula como flâmula 
Uma saia
berrante cor de sangue. 
Árvores de
fruta pão 
Bailando,
mãos abertas, 
Leques de
bananeiras 
Oscilando
lentamente. 
Visão
fugidia, retratada 
Por inteiro 
No livro
silencioso da memória. 
Lembrança de
São Tomé, 
Sangué,
trémula e prateada... 
Saudade de
São Tomé...
(poeta
matosinhense nascido faz hoje 92 anos)
1 comentário:
Um belo poema a encher os sentidos de sons e tons africanos.
Um beijo
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