Pastoral
Por ser tão
leve o teu passar
Na estrada,
à tarde, quando vens
De pôr o
gado que não tens,
A pastar…
Por ser tão
brando o teu sorrir,
Tão cheio de
feliz regresso
Do longo
prado, onde apeteço
Contigo ir…
Por ser tão
breve o teu querer
Alguém que
perto de ti passe
E, porque a
tarde cai, te abrace.
Sem nada te
dizer…
Por ser tão
calmo o teu sonhar
Que já é
tempo de não ter
Esse rebanho
de pascer,
Mas outro de
amamentar…
É que eu me
perco no caminho
Do grande
sonho sem janelas,
De estar contigo
no moinho,
Sem o
moleiro nem as velas.
(poeta
português falecido faz hoje 63 anos)
2 comentários:
Gostei do poema que não conhecia e deliciei-me com a voz potente de Milton Nascimento.
Um bom fim de semana
Um belo Poema campestre.
Abraço
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